Segundo Molisch,
alelopatia é "a capacidade de as plantas, superiores ou inferiores,
produzirem substâncias químicas que, liberadas no ambiente de outras,
influenciam de forma favorável ou desfavorável o seu desenvolvimento"
As plantas produzem e armazenam
grande número de produtos do metabolismo secundário,
os quais são posteriormente libertados para o ambiente. Tais compostos poderão
afectar o crescimento, prejudicar o desenvolvimento normal e até mesmo inibir a
germinação de outras espécies.
Substâncias
alelopáticas podem ser liberadas das plantas através da lixiviação dos tecidos,
em que as toxinas solúveis em água são lixiviadas da parte aérea e das raízes;
volatilização de compostos aromáticos das folhas, flores, caules e raízes sendo
absorvidos por outras plantas; exudação pelas raízes, onde um grande número de
compostos alelopáticos é libertado na rizosfera circundante, influindo directa
ou indirectamente nas interacções planta/planta.
Estudos têm sido
realizados com o intuito de se conhecer melhor as espécies de plantas com actividades
alelopáticas e as substâncias com efeitos inibitórios, suas fontes e seu
comportamento no ambiente com o objectivo de discutir uma possível aplicação
destes compostos como bioerbicidas.